segunda-feira, 5 de março de 2012

TEXTOS DO EXÍLIO...

O poema sobreviverá às tempestades, aos naufrágios, às variações
da bolsa? Sobreviverá às especulações imobiliárias, às traduções equivocadas, 
a velha e má conservação? Sobreviverá aos escândalos, às descobertas,
aos retrocessos, a simples, porém inexorável passagem do tempo?
 
E mais do que tudo isso, sobreviverá o poema às “transformações”da língua?

*  *  *  *  *

* duas fotos desfocadas;
* ingressos do filme que não viram;
* uma embalagem de sonho de valsa;
* uma flor no meio da agenda;
* um trecho de bandeira escrito na parede;
* um CD ralado na faixa predileta, e
   um cartão-postal por enviar:


como pensar em romance
sem quinquilharias?

*  *  *  *  *




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